FELICIDADE
Força que me entras pelo peito, e sem jeito me contas, que tudo pode mudar.
Sussurras, e deixas lá dentro uma porta aberta com horizontes defendidos, tão cheios de marés de esperanças.
Arrastas contigo tudo e todos, numa felicidade ilimitada, digna de ser regada pelas mãos de uma criança.
Vê-la!
Tão pura e cheia de vida!
Vê como sorri, como te transmite harmonia e paz.
Ai criança em mim, que choras quando te contrariam, e ris quando te fazem cócegas.
Criança que cais e dolorosamente te levantas
Criança em mim, que sorri para muitos, discrimina outros, tão mortos. Coitados, o que a vida fez deles!
Sou, sou criança.
Criança, como todos nós devíamos ser.
Criança que diz que não gosta da sopa, nem de “picas”, criança que faz birras.
Mas que sabe, melhor que ninguém, sorrir…
Sou criança e vós também devias ser.
Para olhar nos olhos sem medo, porque estamos protegidos.
Para falar sem receio, pois a nossa opinião é sempre relevante.
Para aprender todos os dias.
Para achar que a vida tem ainda tanto, e tanto para mostrar.
Esta força sobe como balão, e atinge uma dimensão surreal, mas não tem qualquer mal crescer assim.
Para muitos, não passa de uma lembrança…
Mas as crianças continuam, a rir, a chorar, a levantarem-se, e a aprenderem, vezes sem conta…
Até que um dia, quem sabe, se esquecem que foram crianças…
Só sabemos ser felizes, se não deixarmos morrer esse lado terno e meigo, inocente e vivo. Tudo o que é preciso para ser feliz, é somente deixar a maldade escondida num Baú. A vida dá-te tudo o que precisas para ser feliz. Tu, só não te podes esquecer de permanecer com um sorriso no teu Lar, e saber como o conservar.
Basta sorrir, para ser feliz!
Catarina Portela