Alma de Criança
Uma criança pintou o mundo cheio de cores, meninos do tamanho de árvores, as casas bem pequeninas, e as flores tinham o tamanho das pessoas. Rasgam papéis como quem quer bater ao mundo, dão chutos na bola como quem se projecta no mundo de futebol, as bonecas são princesas que vivem “felizes para sempre”. Vencem monstros e medos, vivem afortunados naquela terra onde são Reis.
Os adultos brincam às escondidas, como quem tem receio de sonhar, cobrem-se com um manto de características vincadas pela profissão e pelo dever. Perdem o sorriso exemplar, a alegria de gritar pelo seu ídolo, deixam a fantasia do faz-de-conta.
Deviam existir brinquedos para adultos, aqueles brinquedos que dão um brilho aos olhos que perduram até um novo brinquedo chegar às suas posses.
Descomprimir da vida, não é vergonha, embaraço, ou anormalidade. É procurar um lugar mágico onde a descontracção te renova e faz de ti mais humano, mais criativo, mágico, criador de boa disposição, onde o mundo pode ser ainda cor-de-rosa.
Existe um sem limites no horizonte, onde no mesmo mundo se unem pessoas de várias idades, com expressões capazes de tornar este planeta mais feliz.
São as Crianças Grandes que fazem projectos, e que amarravam a vida com a certeza que “é bom viver”.
Bom, é crescer, sem perder a alma de criança, pintar a aliança entre a cronologia e o saber. Vergonha é perder os sonhos naquele local a que lhe chamam inocência, onde só existia felicidade.