Não sei...
Não sei do que te falo, quando te olho. Não sei o que digo, mal ouço a tua voz. As palavras são roubadas da mente, antes que possa reflectir nelas.
A tua prepotência de desprezar tudo o que se refere à minha vida, ultrapassa-me.Tiram-me intelecto. Morrem na estupidez que flui na minha mente.
Olhas-me estranhamente, mas sem vida.
Porque vais? Porque voltas?
Recuo-o para me lembrar do tempo em que me escutavas. Quando a tua voz não se escondia atrás da ironia.
Recordo o passado, para me lembrar do melhor que existia em ti.
Não sei porque insisto em ver-te, mesmo sabendo que não queres. Não sei porque decidiste morar na minha memória, mesmo sabendo que não te desejei eternamente.
Talvez seja pela intuição de que escondes mistérios em ti, que receio nunca desvendar.
Não sei se temo a verdade que guardas contigo. Ou se é o receio das palavras meigas e pausadas que um dia ouvi, do olhar que senti, das experiencias que vivi.
Moras na minha mente, subsististe.
E desejo que não te vás embora…