Silêncio
Boca calada, pensamentos constantes,
De revolta conturbada.
Oh, qual sagrada sinfonia
Aquela que escuta entre ventos,
Pensamentos não concretos.
Qual a verdade que suscita
De uma frase não pronunciada?
Oh amargurada palavra.
Palavra silenciosa,
Apenas desgostosa
Por não ser proferida.
És laminas na noite
Que não sabes onde afectas.
Dúvidas que doem, e moem
Em partes Incertas.
Tornadas acções
São devaneios mentais,
São seres pouco espirituais,
Cobertos de certezas onde não haviam.
Descobrem-se acções
Que marcam para sempre corações.
Batiam para magoar outros,
Outros que de pouco, ficam muito,
Muito mais do que entendes.
Está escondido entre o silêncio
Que te constrói, bem por dentro...