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Histórias de Vida

Escrevam para catarinaportela86@gmail.com e conte sua a história da sua vida.

Histórias de Vida

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Lembra-te - História de Vida de Sofia

 

 

Ignora-me!

Ignora-me quando me queres. Ignora-me quando me desejas, quando me pedes que fique, apenas no silêncio.

Fala!

Fala com quem desejas, mesmo que seja para me magoar.

Grita, ri e solta uma gargalhada, seguido de um olhar distraído sobre o ombro dela, só para veres se eu te alcanço ao longe, e se me dói.

 

Lembra-te que um dia, os teus sonhos eram comigo, os teus momentos vazios eram para mim, as tuas palavras eram para me agradar, os teus conselhos eram para me conquistar.

 

Lembra-te, para que eu me possa punir!

Para que eu me castigue hoje e sempre.

Para que eu recorde o teu “cabelo falso”.

Para que eu sinta falta das tuas palavras que nada diziam, mas que apenas hoje sei, que faziam todo o sentido.

Lembra-te para que eu recorde como fui infantil, ao não saber o quanto me fazes falta, o quanto eu fui cruel por não puder corresponder, por não saber enfrentar, por não saber como enfrentar-te.

 

Mas peço-te, que me deixes sofrer ao teu lado, coberta de tudo o que eu não dei valor. Ancorada no teu colo, a recordar todos os momentos que hoje me lembro, que eram tão vazios, e que agora me parecem tão cheios de tudo… Tudo, o que me falta!

 

Vê como as marcas que te deixei, ainda ardem em mim.

Vê como eu própria provei do veneno que te dei, e acabei por morrer bem antes de ti.

Vê que morreria de novo, só para te encontrar do outro lado.

 

Entende só, que eu te espero, hoje, aqui e sempre, como se nunca tivesses ido embora.

 

 

Catarina Portela

 

 

 

História baseada na vida de Sofia

(música roubada ao meu amigo Dragão Azul... foi ele que a "encontrou")

Ouvir o Silêncio

 

De que serve, pregar-te profundamente ao lar, se me viras as costas ao acordar? De que serve fingir o sorriso, se choro as lágrimas que não vês?

De que serves tu, se em vez de me atirares para o cume da felicidade, me empurras para a escuridão do abismo!

 

Pode cair toda e qualquer chuva, pode o céu estar pleno de estrelas, ou pode mesmo o sol estar a queimar-te a pele, tu continuas plácido, atento ao nada, alheio ao redor, de alma vazia, de corpo morto. Não há vida perante as tuas palavras surdas, não há som que se prenuncie de diferente forma.

 

Fixo o barulho da minha mente a reclamar com o nada que me fazes, e perco-me a percorrer o nada que és, e mesmo assim te quero.

Mas quero-te atento! Atento a mim! Ao que sou, ao que faço, ao que quero!

 

Quero sorrir com vontade, rodar na cama até á exaustão só porque te sinto feliz. Quero explorar o nada que és, o nada que sentes. Quero que me deixes sentir!

Quero ouvir esse silêncio que reina entre nós. Quero quebrar o espaço que existe. Quero sentir o arrepio que findou, e agarra-lo para sempre como se ele não me tivesse abandonado.

 

Quero-te por inteiro, e sentir que é verdadeiro o que vivemos.

Não quero sobreviver ao caos, quero participar na cura!

Não quero que te entregues, quero que lutes por mim.

Não quero que esperes por mim, quero que me venhas buscar.

 

Talvez o que eu apenas deseje seja, sentir o mesmo que tu…