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Histórias de Vida

Escrevam para catarinaportela86@gmail.com e conte sua a história da sua vida.

Histórias de Vida

Escrevam para catarinaportela86@gmail.com e conte sua a história da sua vida.

E se o Amanha não existir?!

 

Desejo que o amanha seja todos os dias, para que se repitam sentimentos insubstituíveis, Os Nossos. Para que me olhes como se fosse a primeira vez, para que me toques com medo de me magoar, e te percas nas horas comigo.

Quero todos os dias do sempre, para que possa dizer continuamente que me perco neste sentimento que venero.

 

Tenho o direito de me colar em ti incessantemente, de acordar e ver-te mergulhado em sonhos, e partilhar os meus afagos como se vivesses desperto.

Tenho o dever de te pegar na mão quando ela está fria, e de não a largar até me cansar.

Tenho que te beijar sem motivo, sem esperança de retribuição, com a maior vontade do Universo, e pedir somente que o teu beijo seja tão pretendido como metade da minha paixão.

 

Fechar-me ao mundo, num mundo teu, é saber onde pertenço sem desejar estar em outro qualquer lugar. É ser criança enquanto adulto, e ganhar raízes no coração enquanto Homem. É viver a flutuar, caminhando por entre nuvens que nos querem abraçar, conquistando um espaço fixo no caminho da união.

 

Se o amanha não existir, o mundo perderá a essência de Existir. A areia do deserto será um só Castelo sem nome. As ilhas serão olhares que procuram por nós, e os ventos não descansaram enquanto não encontrarem um fóssil que nos devolva à vida, para que deixemos de Ser lenda. Os dias serão despojados de vida, os mares serão ácidos de raiva, e os rios serão lágrimas de dor e descontentamento. O tempo perguntará para onde foi a alegria, e o Sol jamais brilhará com a mesma intensidade.

 

Se o amanha não existir, eu nada serei por não te ter.

E o mundo perderá por esquecer o que fomos...



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Apocalipse

 

 

Num desvio encurtado, a vida muda sem pedir permissão. As rédeas perdem-se do caminho e passam por entre buracos apertados. Escorregam enigmas que não existiam, e escapa-se por entre a mente, as soluções que tão certas eram, se fossem dos outros.

 

É belo todo ele, que me olha sem perguntar se o amo. Que fica a meu lado, num dia de Sol, num dia de Chuva, sempre presente como se preso à corrente, que escolhe não partir, no entanto oxida o elo que nos une.

É intenso e incerto quem me beija às escondidas. Que dança, canta e salta. Que me faz esquecer quem sou, e como me sinto. É marcante o seu gesto sem intenção, que parte quando não quer ficar, e volta sem eu precisar. Deixa tatuado em meu corpo, seu cheiro que perpetua. Ainda sinto o seu perfume quando me aproximo daquele que pensa em mim todas as noites.

 

Imprudente é todo o meu egoísmo que luta como quem esconde. É inconstante a vontade que tanto está, como vai sem que nunca tivesse existido É irreal não saber com quem estar, sabendo que não desejo o fim.

Não sei o que foi feito do que fui. Temo o apocalipse que despertei ao desaparecer de mim. Procuro incansavelmente pelo espelho que mostra a minha imagem.

Insistentemente ele mostra-me aquela imagem que eu não desejo ver.

 


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Não deviamos morrer...

cry

 

Não devíamos morrer sem conhecer meio mundo, sem viajar de avião, sem passear de barco.

Não devíamos morrer sem viver intensamente, um dia que fosse!

Não devíamos dizer adeus à vida sem saber o que é ser pai/mãe, sem criar um filho/filha.

Não devíamos morrer sem rir até ficar sem voz, sem beber até cair.

Não devíamos morrer sem chorar por amor, sem insónias, ou apertos no corpo.

Não devíamos morrer sem magoar alguém, por partir ou por ficar.

Não devíamos dizer adeus à vida sem ter um animal, sem trabalhar em três sítios diferentes, e chegar a casa sem forças para sorrir.

Não devíamos morrer sem amar mais que uma vez, sem matar uma paixão, sem lutar por um amor impossivel.

Não devíamos morrer sem dar a mão a um velhinho, sem curar a criança que caiu de bicicleta, sem abraçar um desconhecido.Não devemos morrer sem ajudar alguém.

Não devíamos morrer sem dar dinheiro, sem pedir dinheiro.

Não devíamos morrer sem saber o que é ser rico, sem compreender o que é ser pobre.

 

 

Não devíamos morrer sem desejar a morte, sem pedir que nos leve para longe. Não deviamos morrer sem orgulho do percurso da nossa vida.

Não devíamos morrer sem dizer adeus aos que amamos e a quem partilhou um pequeno momento de vida connosco. Não devíamos dizer adeus quando estamos felizes.

Não devíamos dizer adeus quando deixamos o mundo triste, quando ficam tarefas por cumprir, quando ficam desejos por realizar.

 

Não devíamos simplesmente dizer adeus, quando ainda podemos dizer um até breve.

E a verdade é que muito provavelmente nunca se diz adeus, quando o coração só sabe dizer um até já.

 

(Faz hoje 3 anos que partiste. Um beijinho Pai...)