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Histórias de Vida

Escrevam para catarinaportela86@gmail.com e conte sua a história da sua vida.

Histórias de Vida

Escrevam para catarinaportela86@gmail.com e conte sua a história da sua vida.

Estende a tua mão

O tempo foi roubado e ainda existia chama acesa, num coração que aclamava protecção. Escorreguei em águas quentes que pareciam dar-me segurança, e mergulhei num local sem espaço, apertado para um só.

O mundo parecia olhar-me de cima, esquecendo-se de mim cá em baixo.

Não haviam mais esforços para refazer a vida, não haviam mais escadas para subir, não haviam mais apoios para me levantar!

Era ensejo de agonia que teimava em lembrar afagos que não tive, que esperei sem existir, que chorei sem sentir, que senti sem os ter.

 

No obscuro da mente, perdia-me na passagem da vida. Não hesitei em dar a mão ao desconhecido que parecia estar pior que eu. Sujo, pálido, com fome e frio, estendia a mão. Alguém não tinha escolha senão oferecer-lhe um sorriso.

O pôr-do-sol de qual já não lembrava a cor, descia para se enterrar em mar, O vento soprava com a força a que me habituei sentir, e o verde das árvores levavam mais cor à tela.

 

Fui quem desejei, falei com quem não imaginei. Abri a porta para deixar entrar a multidão que afastei por não dar valor.

Ouvi o velho…Deixei falar a criança…Abracei o pequeno adulto…

Sorri para o mundo. Terminei em beleza, dormindo debaixo da mesma estrela que falou comigo, quando mais ninguém existia.

Agradeci o momento de mágoa, e as palavras que ouvi no silêncio.

 

 

O Cavalo Branco

 

 

Um cavalo branco corria por entre as nuvens de algodão, com asas maiores que o seu próprio corpo, cobrindo de sombra crianças que inocentemente brincavam debaixo de Sol primaveril.
De sorrisos nunca vistos, arrancavam flores e cantavam com os primeiros pássaros, melodias de outro planeta.
 
Os adultos continuavam adormecidos…
 
Eis que as borboletas nascem de seus casulos e trazem mais cor e movimento à tela que pinta a vida. Entre escondidas, macacas escritas no chão, futebol feito de bolas de cartão e balizas de papelão, estava o João que chorava.
 
Os adultos continuavam adormecidos…
 
Os meninos ao ouvirem as lágrimas densas de João a caírem no chão, pararam seus movimentos frenéticos.
A menina Leonor, aproximou-se de mansinho, e atrás dela vem uma multidão de crianças curiosas.
 - Que tens João?
 - Ninguém quer brincar com esta máquina estranha cheia de pistões coloridos e programas que fazem muito barulho. Fiquei sozinho. – dizia ele
 
Os adultos continuavam adormecidos…
 
Leonor sorriu, e com um ar sabichão, levantou a sua mão tapando-lhe os olhos.
- Que vês tu, João?
- Nada! – Retorquiu João sem entender o que queria Leonor.
- Tenta ver…
João mergulhou no mundo da fantasia, cheio de cheiros novos e meninos felizes que não precisavam de brinquedos sofisticados. Sem nada dizer, João riu-se.
Pegou na mão de Leonor e foram brincar com as flores, os pássaros e as bolas de cartão.
 
E os adultos continuavam adormecidos…
 
Sentadas debaixo da grande árvore, as crianças estavam cheias de brincadeira e contavam as suas aventuras, à espera de alguém.
O cavalo branco de asas maiores que o céu, desceu devagarinho.
Antes que as flores murchassem, e os pássaros parassem de cantar. Antes que o calor aterrador de Verão viesse cansar os meninos, o cavalo levou-os em suas assas, para viveram eternamente naquele mundo de cor.
 
Os adultos nem sentiram a Primavera chegar, e nem repararam quando ela se foi embora…

A voz da Força!

 

 

Não quero ver esses olhos dizerem que desististe. Que vais e tens medo de não voltar.
Não quero ouvir mais histórias de vida. Não quero que recordes como se estivesses a escrever memórias, para serem lembradas mais tarde.
Não vou ouvir, mas vou responder! Para que saibas que esse dia será mais um momento a acrescentares na tua vida.
Não penses em ver-me sem dizeres Olá! Mas não venhas dizer Adeus.
 
Quero ver a força que te caracteriza. Quero o teu sorriso de cor, cravado no peito para todos sentirem a alegria de viver. A tua alegria faz falta ao mundo!
Não partas, não desesperes, não digas NÃO à vida, antes sequer da vida desistir de ti! Não digas que te vens despedir.
 
Há uma força para além dos Deuses que decide quando queres viver, sobreviver, desaparecer infinitamente. Há uma força, TUA, que decide o que queres para ti, neste momento, e nos momentos seguintes.
Essa força, não se contesta, e traz para ti tudo o que anseias ou receias!
Não percas a força!
 
Ouve-me, voz que não responde!
Ouve-me, espaço vazio que me deixa inquieta!
Ouve-me mente sábia que tudo faz, tudo cria, tudo faz desaparecer.
Não deixes aquele homem Desistir, porque o mundo precisa dele, assim como eu preciso de TI!

Outros Olhos.

 

Era confusa a tua essência que se ausentava no momento em que partilhávamos aquele local sem nome. Permanecia meigo o teu olhar, sem palavras proferidas, sem que eu o conseguisse impedir.
- Pára!  - No inconsciente...
Não mais findou a agonia que te repelia, que me repelia.
E eu, sem amofinação que me estacasse, ou pedisse, ou olhasse.
Vais…Foste...
 
Porque será que não me dói a alma, quando te vejo bem longe?
Porque será que não existem memórias que me forcem até ti?
Porque será que o calor da indulgência se esqueceu que um dia exististe na minha vida?
 
Não há passado que volte, não há sentimentos que se transfigurem. Não há palavras que apaguem o que naquela noite desfizeste…
Não há nada em mim, que te pertença. E admiro-me como um dia, sequer, te olhei nos olhos. Certamente não era o meu olhar que primava, pois eram outros os olhos com que te olhava.
Como se adormece e se vive, mesmo estando acordada!
Impressionante …
 
Todo o meu coração sofre desgosto, por hoje saber que nunca foste o que imaginei. E pior que isso, é não sentir sequer que posso estar errada. Pior que tudo isso, é não tentar acreditar em ti.
 
Pior para mim? Não…
Pior para ti…



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