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Histórias de Vida

Escrevam para catarinaportela86@gmail.com e conte sua a história da sua vida.

Histórias de Vida

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De Inocente a Adulto...

 

 

Não é difícil recordar os laços de ternura com idosas cheias de rebuçados e outras guloseimas, que teimavam em oferecer para deslumbrarem a rapidez com que estas desapareciam em nossas bocas.
Não é difícil lembrar os que mentiam descaradamente, e nós, pequenos, fazíamos tudo o que o mundo dos adultos nos estipulava.
Oh inocência que permanecia em nossas mentes, Nós, que desconhecíamos a mentira vinda de quem amamos.
É impossível não surgir, os sorrisos e as horas passadas num qualquer local cheios de grandiosos sonhos e palavras afectuosas que uniam para sempre bem feitores. Onde se jurava mentalmente protecção eterna a quem estava naquele circulo, tão vazio em cores, tão rico em certeza.
Não é difícil evocar memórias, de lutas entres crianças que não desistiam de ter só para si, uma alma e um corpo a que chamavam de melhores amigos.
Não é difícil viver de novo, de olhos fechados, os momentos que dancei à chuva, que olhei para o céu e pedi com esperança, um mundo que não sentia.
 
Tudo porque não aceito… E por isso demorou…
 
Demorou a que a mente se abrisse e visse em todo lado, sorrisos forçados, abraços vãos, brinquedos distribuídos as escondidas, dedos apontados a quem nada fez.
Demorou até querer ver e compreender, o que mancha a vida com tinta permanente, que nada nem ninguém, é capaz de limpar. Nódoas secas e profundas que se riem de quem luta pela clareza.
Desgostos que duram toda a eternidade. Furtos de alma, que alertam vezes sem conta a possibilidade de deixar de existir.
E como é lamentável ver os que o amarram corações, e como se a meninice voltasse, brincam, confundem, troçam, imitem risinhos e se calam quando devem falar. Triste porque só o fazem para não o verem partir… e o coração parte muito antes…
 
 
Subtraem o ar angelical e disfarçam com sorrisos, palavras, aprovações de frequentes proposições que negam interiormente, e adoptam como verdadeiras apenas verbalmente.
Vestem sujidade irracional, anseiam despedir frustrações que a própria colectividade de seres lhes impôs como naturais.
Vivem do que não parecem, parecem o que não são, e nunca são ninguém, a menos que acordem de um cosmos que os pôs a repousar.

 

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