Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Histórias de Vida

Escrevam para catarinaportela86@gmail.com e conte sua a história da sua vida.

Histórias de Vida

Escrevam para catarinaportela86@gmail.com e conte sua a história da sua vida.

O vento te leva... - História de Vida de Marcus

 

 

 

 

O vento te leva…

 

As pessoas são de facto Insubstituíveis.

Inesquecíveis!

Não há ninguém quem preencha o espaço

este espaço meu.

Somos únicos. Eramos Únicos.

 

Alguém aparece, e possivelmente pode ocupar esse lugar.

Mas não da mesma forma.

Porque o brilho do olhar é diferente,

porque aquela mente é única,

porque aquele jeito de ser é singular,

porque aquela forma de chegar até ti era de facto,

Especial…

 

A dor não vem porque te foste embora,

mas sim porque já não estás aqui.

A dor não é por não falares,

é porque já não me podes ouvir…

A dor não me mata,

nem me torna mais forte. 

A dor, só me faz crescer.

 

Cresço, mas nem bem, nem mal.

Cresço somente, sem ti.

Como se o tivesse de o fazer, por Nós…

 

Esta dor não desaparece,

não se vai embora.

Por mais abraços,

por mais carinho que receba,

por mais apoio

e por mais pessoas que tentem compensar

esse inferno vazio.

 

Arde no interior da tua mente,

não sabes sequer, como parar aquelas lágrimas,

aquela revolta…

Tão tua, tão de ninguém!

 

Quando alguém vai embora da tua vida,

e sabes que é para sempre,

bate a saudade, uma saudade eterna.

 

Primeiro choras, nem que seja baixinho.

Depois limpas as lágrimas para enfrentar o mundo,

aparece alguém que as faz cair, sem falar.

Essa saudade bate com pequenas palavras,

com pequenos gestos que os outros fazem,

e sem intenção,

são memórias de quem já partiu.

 

Bate à porta a injustiça,

a fraqueza,

a cobardia.

No entanto que culpa é que temos,

de nos acharmos desamparados?

E estamos…

Provavelmente estaremos sempre…

 

Ninguém te pode substituir.

Assim como eu já não posso dizer,

 olhos nos olhos,

o quanto te Amo.

Assim como eu já não te posso dizer,

Adeus…

 

Quando estas palavras não se dizem no momento certo,

o vento leva-as.

Não espera por ti!

 

Porque haveria de esperar?

 

O tempo, são meros segundos,

que passam, até a vida terminar.

 

Isto não significa que não vale a pena viver…

Significa que a vida tem mais valor

do que cada um de Nós lhe dá...

 

 

Até sempre…

 

 

 

 

Texto de Catarina Portela

 

Texto inspirado na historia de vida de Marcus. Alguém que não teve tempo de dizer Adeus

 Marcus descobriu que a namorada tinha um tumor no cerebro.

No dia da cirurgia não teve coragem de ir ao hospital.

No dia seguinte lá foi, e era tarde demais.

A sua namorada, faleceu, por complicações na cirurgia...

 

 

 

Esta é uma data com significado especial para mim. 4 anos passaram desde que o meu Pai faleceu.

E já não me resta nada para dizer.

Não porque já não dói.

Mas sim porque já não encontro mais palavras para aquela dor que é só uma, e que já a descrevi de tantas formas.

Hoje resta-me reconhecer essa dor nos outros, que é tão minha...

 

A dor de quem quer um pedaço seu.

Ate sempre, Pai.

 

Sou e Serei - História de vida de Tânia

 



 

Separação sem jeito, que por defeito meu, nos arrancou um pedaço nosso.

Não, não me peças para escolher, entre ti e o mundo!

Não me peças para viver contigo, de uma forma solitária, ou então sorrir com o mundo completamente vazia.

Quero a conformidade entre ambas as perfeições. Quero o Sol e a Lua, o Céu e o Mar. Quero o doce e o amargo, o leve e o pesado fardo.

Quero, quero sim! Mas por inteiro, sem porquês, sem questões, sem confusões!

 

O amor, não se questiona, não se deforma, não se pede, não se abandona!

O amor não se rasga, não se separa, não se fere.

Para quê aguilhoar-me a ti, prender-me sem dó, num quadro estático, que não te sorri, não grita, não te olha, nem te toca com felicidade?

Para que amarrar-me às palavras negras, escritas num papel limpo, decalcadas a caneta vermelha?

 Para quê se te amo da mesma forma, com todos os defeitos que me definem como tua.

 

Sim Tua!

Tua contigo, Tua sem ti!

Tua quando me cortas a alma, quando me criticas.

Tua quando me beijas, quando me desejas!

 

Sou e serei, a liberdade inexplorada, a mulher de quem me aceitar em coração, a criança que mora no momento eterno da simplicidade desprendida.

Sou e serei a voz que não se cansa, e não se separa, de quem nunca a abandonou.

Sou e serei, incompleta. Tudo porque não me amas a ponto de me aceitares…

 

Amar não é um campo coberto de trigo.

Amar, são hectares de rosas cheias de espinhos…

Muitos abandonam a beleza por não saberem a melhor forma de a tornar eterna!

Tudo seria tão fácil, se juntamente com as qualidades, amasses também os meus defeitos…

 

Catarina Portela

Texto inspirado na história de vida de Tânia (nome fictício).

 

 

Arco - Íris

 

 

 

Um sorriso rasgado perpetua mais tempo do que seria esperado.

Isto não significa que te tenha esquecido, significa só, que já não dói quando me lembro de ti.

Quando ouço a tua voz, tudo o resto é barulho de fundo.

O coração aperta como se nervosa estivesse, mas a minha voz já não treme, e o olhar já se prende, sem o rosto corar…

 

Por detrás de uma palavra que toca no coração, existe o muro que nos separou. Já não se trepam árvores, nem se remam pelos rios atribulados.

Agora só se vêem barcos a passar. Cada um de nós observa, só que de margens do rio, diferentes.

 

O rio corre, o barco desce o rio, e eis que o olhar se cruza:

- É ele!

-É ela!

 

Mais um sorriso nasce do nada.

A mão levanta, e sacode-se, como se desenhasse insistentemente aquele arco-íris que reinou nas nossas vidas,

Da outra margem, o movimento repete-se…

 

Um volta as costas, com a sensação de dever cumprido…

O outro ainda lança um beijo, que já não foi visto.

Baixa a cabeça, e volta-se a sentar.

No som calado do pôr-do-sol, ouve-se um suspiro…

 

 

Saber Amar

 

Amar não é a ansiedade de estar.

Amar não são as flores que recebes ou ofereces.

Amar não são os beijos do adeus.

Amar não são as promessas do amanha.

 

Amar não é quando me procuras, quando corres até mim.

Amar não são os quilómetros que fazes até chegares, ou o esforço de te levantares para me ver.

Amar não são jóias, nem jantares, nem sequer os olhares que se trocam sem palavras. Amar, não é tocares-me de forma quente.

Amar, não é dizer que me amas.

 

Amar é saber esperar, são pequenos gestos de afecto, sem qualquer desejo de impressionar. É dar sem desejar receber.

Dar porque o seu coração pede, e não por ser o Dia de oferecer.

É o orgulho de permanecer.

Amar são os Beijos de Bom dia, e as conversas do dia a dia.

 

Amar é encontrares-me sem eu desaparecer, não ter que correr.

Afinal, quem ama, não vai embora, e para quê correr se estamos tão perto?!

Amar, é viver em conjunto, à frente das qualidades, atrás dos defeitos…

Amar é deixar o egoísmo.

Amar é guardar um pouco de mim, para deixar um local para maior para o Nós.

Amar, não são saudades. Saudades existem quando alguém parte. No amor há duas pessoas, nenhuma pode partir, pois o amor vai-se embora nesse instante…

Amar é sentir sempre a sua presença, mesmo que ausente.

 

Amar é seres meu sem saberes.

É eu ser tua, sem duvidar.

Amor é para todos.

Saber amar, é só para alguns.

 

Perfeitamente Incompleto

 

 

Pede-me para eu ficar, para que eu possa partir.

Pede-me para ser feliz, e eu sentirei o mundo cair a meus pés.

Pede-me para eu ser igual, e eu serei eternamente diferente.

 

A perfeição do que fazes contrasta com tudo o que te posso oferecer. Não preciso que me aconselhes, que me corrijas ou que apagues com a borracha, tudo o que eu refiz a lápis de carvão.

Não, não quero aquela caneta de tinta permanente, que me obriga a aceitar o que se fez inicialmente, que tantas vezes são traços sem pensamento.

Não, não quero o corrector que deixa marcas, nem as pegadas do passado espelhadas no céu.

Quero a confusão a que tenho direito! Quero a assimetria que nos torna únicos, e a musica que ninguém ouve.

Quero que me tragas o que não sou capaz de construir, mesmo que não mudes nada em mim. Quero-te tão-somente, assim…

 

Quero-te pedaço de cristal, perfeito, intocável, e transparente, mesmo que frio. Quero ouvir essa palavra que não te cansas de repetir, e os convites que deixas no ar, mesmo sabendo que não haverá coragem para os concretizar.

Quero-te assim, longe, mas constantemente perto. Perfeito, mas imperfeitamente meu. Quero esse pensamento dúbio, essa vontade que não se concretiza.

Quero, pois a mancha do inacabado, é completa dessa forma.

Não será preciso mais, apesar de sentirmos que sim.

Não haverá rancor, ódio, paixão, desejo. Haverá um de nós atrás de uma porta, presente apesar de omitido.

Não é um segredo, pois toda a gente vê, não é injusto pois toda a gente sente, não é incorrecto, pois nada é feito, nada cresce, nada amadurece. Tudo permanece como sempre foi.

 

Perfeitamente incompleto.

 

Não!

Não fiques triste, por eu ser feliz assim…

 

 

Obrigado - História de Vida de Rita

 

 

Eras um sonho de menino, que me mimavas de alegria, e me enchias de nostalgia. Eras um sonho de rapaz, que me colocavas um brilho no olhar, e um sorriso do tamanho do céu. Que me olhavas profundamente, e me tocavas nos cabelos de uma forma tão meiga, que até parecia cruel.

Assim, eu vivia nas nuvens, tu primavas pela passadeira vermelha que colocavas a meus pés.

 

Eu não queria ver o teu lado negro, a faca guardavas no bolso, para me apunhalares pelas costas.

Quando acordei, estava banhada em sangue, coberta de lágrimas, rasgada da vida, amarrotada de ódio!

 

Fizeste-me crescer! Não porque me mataste, mas sim, porque me trocaste! Fizeste-me crescer, por cada dor mal curada, por cada estalo no vazio, por cada palavra que não disseste, por cada acção no silêncio.

 

Eu? Eu levantei-me e caminhei por entre os mortos, e voltei a nascer, com uma nova força.

Disfarcei as cicatrizes que tu causaste, coloquei a alegria dentro do meu peito, e aliei-me a todos os que poderiam ser meus inimigos.

 

Confiei neles, confiei nelas. Confiei porque não via maldade. Confiei porque na verdade, eu não sabia o que era o Homem, e a sujidade que trazia consigo. Confiei sim.

Confiei porque ainda me custa ver, todas as pessoas que me falam, e me querem mal. Ainda me custa acreditar, que o Ser Humano magoa quem lhe faz o bem… Custa-me ver morrer a menina que fui…

 

Promessas foram feitas, mas em vão, pois não foram cumpridas.

Fiquei eu novamente, no canto do mundo, de coração apertado, e lágrimas enchendo os rios.

 

Qual é o feitiço que ele lança. Que permanece para alem do tempo. Basta a presença marcada, um olhar preocupado, um jeito mais terno. E tudo se vai, como se nunca me tivesse agonizado!

 

Hoje digo. Chega!

Chega de acreditar em quem não está ali para nos proteger! Existe no mundo, alguém que só vive para nos ofender, para nos prejudicar.

Ás vezes, esses Seres Malvados estão mais próximo do que imaginamos!

 

No fim agradeço…

Obrigado pelas lágrimas, pelas quedas, pelas desconfianças.

Obrigado pelos desgostos, pelas noites em claro, pela amizade enganada.

Obrigado pelo passado atrofiado, pelos momentos bons, e por todos aqueles que doem só de lembrar…

Obrigado à triste sina, à triste sorte.

Obrigado por me tornarem… mais forte!

 

                                                                                     

História baseada na vida de Rita

 

 


 

 

Um Adeus a José Saramado

josé saramago novel literatura faleceu morreu

 

 

Poema à boca fechada


Não direi:
Que o silêncio me sufoca e amordaça.
Calado estou, calado ficarei,
Pois que a língua que falo é de outra raça.

Palavras consumidas se acumulam,
Se represam, cisterna de águas mortas,
Ácidas mágoas em limos transformadas,
Vaza de fundo em que há raízes tortas.

Não direi:
Que nem sequer o esforço de as dizer merecem,
Palavras que não digam quanto sei
Neste retiro em que me não conhecem.

Nem só lodos se arrastam, nem só lamas,
Nem só animais bóiam, mortos, medos,
Túrgidos frutos em cachos se entrelaçam
No negro poço de onde sobem dedos.

Só direi,
Crispadamente recolhido e mudo,
Que quem se cala quando me calei
Não poderá morrer sem dizer tudo.

 

José Saramago

 

 

(E morreu certamente sem dizer tudo... Uma mente brilhante, que desafia em palavras tudo e todos. Dono do prémio Nobel da Literatura em 1998 com a obra de Memórial do Convento, que tive o prazer de ler...)

 

 

Eu tenho dois Pais Homens

 

Os brinquedos estavam parados à frente da criança, que apática, se distraía com pensamentos de gente grande.

Ás vezes sentia que não era de ninguém. Os Pais, por mais que a amassem, tinham dificuldade em enfrentar todo aquele mundo. Mas pelos seus filhos, claro que lutariam, até deixarem de ter forças.

Mas os Pais jamais conseguem proteger-nos de tudo…

 

Assim que Pedro via os seus Pais, seus olhos brilhavam. Eram meigos, dóceis, afáveis, e ninguém duvidava que amavam aquela criança mais que do que eles mesmos.

 

- Pai, os meninos lá na escola gozaram comigo.

- Outra vez filho?

- Sim… - Dizia Pedro, com os olhos cheios de lágrimas.

- Sabes, que os teus Pais gostam muito, muito, muito de ti. Não dês importância ao que os meninos dizem. Eu amanhã até vou falar com a professora.

 

Pedro, sentiu-se protegido, apesar de no fundo, ter consciência que tudo se iria repetir, como tantas outras vezes se repetiam.

A criança e a sua capacidade de se abstrair, ultrapassam a terra dos adultos. O comboio da imaginação voltou a trabalhar. A discriminação ficou de lado, assim como a hipocrisia de todos os que não entendem o amor.

 

A tia Hermínia, raramente vinha lá a casa, aliás, quase ninguém vinha lá a casa. Desta vez, a tia Hermínia trouxe companhia, chama-se Rosa, e é amiga da Tia Hermínia.

Todos foram para a cozinha, e apenas o menino Pedro e a Dona Rosa é que ficaram na sala.

 

- Sabes Rosa, eu tenho dois Pais.

- E então Pedro, todos temos dois Pais.

- Mas os meus pais, são os dois homens, e lá na escola todos estão a fazer postais para o dia da mãe. E eu não tenho mãe.

- Faz o postal na mesma. Aliás, faz dois postais.

Pedro sorriu.

 

(Este Planeta chama-se Terra, e esta terra chama-se Portugal. Não um Portugal de hoje, mas quem sabe, o Portugal de amanhã. Estará Portugal preparado para se adaptar a esta realidade?

Os invisuais, os surdos-mudos, os portadores de algumas doenças motoras, e até por vezes, as pessoas com gostos diferentes da restante sociedade, continuam a ser algo de discriminação! Esta será mais uma confusão na mente de uma criança. Até que ponto vale a pena?

Verdade seja dita, que eu jamais amaria menos o meu Pai, ou a minha mãe, por uma escolha idêntica. A pergunta que se coloca é: E Portugal, respeitaria da mesma forma estes Pais e esta criança?)

Apocalipse

 

 

Num desvio encurtado, a vida muda sem pedir permissão. As rédeas perdem-se do caminho e passam por entre buracos apertados. Escorregam enigmas que não existiam, e escapa-se por entre a mente, as soluções que tão certas eram, se fossem dos outros.

 

É belo todo ele, que me olha sem perguntar se o amo. Que fica a meu lado, num dia de Sol, num dia de Chuva, sempre presente como se preso à corrente, que escolhe não partir, no entanto oxida o elo que nos une.

É intenso e incerto quem me beija às escondidas. Que dança, canta e salta. Que me faz esquecer quem sou, e como me sinto. É marcante o seu gesto sem intenção, que parte quando não quer ficar, e volta sem eu precisar. Deixa tatuado em meu corpo, seu cheiro que perpetua. Ainda sinto o seu perfume quando me aproximo daquele que pensa em mim todas as noites.

 

Imprudente é todo o meu egoísmo que luta como quem esconde. É inconstante a vontade que tanto está, como vai sem que nunca tivesse existido É irreal não saber com quem estar, sabendo que não desejo o fim.

Não sei o que foi feito do que fui. Temo o apocalipse que despertei ao desaparecer de mim. Procuro incansavelmente pelo espelho que mostra a minha imagem.

Insistentemente ele mostra-me aquela imagem que eu não desejo ver.

 


MusicPlaylist
Music Playlist at MixPod.com

O Cavalo Branco

 

 

Um cavalo branco corria por entre as nuvens de algodão, com asas maiores que o seu próprio corpo, cobrindo de sombra crianças que inocentemente brincavam debaixo de Sol primaveril.
De sorrisos nunca vistos, arrancavam flores e cantavam com os primeiros pássaros, melodias de outro planeta.
 
Os adultos continuavam adormecidos…
 
Eis que as borboletas nascem de seus casulos e trazem mais cor e movimento à tela que pinta a vida. Entre escondidas, macacas escritas no chão, futebol feito de bolas de cartão e balizas de papelão, estava o João que chorava.
 
Os adultos continuavam adormecidos…
 
Os meninos ao ouvirem as lágrimas densas de João a caírem no chão, pararam seus movimentos frenéticos.
A menina Leonor, aproximou-se de mansinho, e atrás dela vem uma multidão de crianças curiosas.
 - Que tens João?
 - Ninguém quer brincar com esta máquina estranha cheia de pistões coloridos e programas que fazem muito barulho. Fiquei sozinho. – dizia ele
 
Os adultos continuavam adormecidos…
 
Leonor sorriu, e com um ar sabichão, levantou a sua mão tapando-lhe os olhos.
- Que vês tu, João?
- Nada! – Retorquiu João sem entender o que queria Leonor.
- Tenta ver…
João mergulhou no mundo da fantasia, cheio de cheiros novos e meninos felizes que não precisavam de brinquedos sofisticados. Sem nada dizer, João riu-se.
Pegou na mão de Leonor e foram brincar com as flores, os pássaros e as bolas de cartão.
 
E os adultos continuavam adormecidos…
 
Sentadas debaixo da grande árvore, as crianças estavam cheias de brincadeira e contavam as suas aventuras, à espera de alguém.
O cavalo branco de asas maiores que o céu, desceu devagarinho.
Antes que as flores murchassem, e os pássaros parassem de cantar. Antes que o calor aterrador de Verão viesse cansar os meninos, o cavalo levou-os em suas assas, para viveram eternamente naquele mundo de cor.
 
Os adultos nem sentiram a Primavera chegar, e nem repararam quando ela se foi embora…

A voz da Força!

 

 

Não quero ver esses olhos dizerem que desististe. Que vais e tens medo de não voltar.
Não quero ouvir mais histórias de vida. Não quero que recordes como se estivesses a escrever memórias, para serem lembradas mais tarde.
Não vou ouvir, mas vou responder! Para que saibas que esse dia será mais um momento a acrescentares na tua vida.
Não penses em ver-me sem dizeres Olá! Mas não venhas dizer Adeus.
 
Quero ver a força que te caracteriza. Quero o teu sorriso de cor, cravado no peito para todos sentirem a alegria de viver. A tua alegria faz falta ao mundo!
Não partas, não desesperes, não digas NÃO à vida, antes sequer da vida desistir de ti! Não digas que te vens despedir.
 
Há uma força para além dos Deuses que decide quando queres viver, sobreviver, desaparecer infinitamente. Há uma força, TUA, que decide o que queres para ti, neste momento, e nos momentos seguintes.
Essa força, não se contesta, e traz para ti tudo o que anseias ou receias!
Não percas a força!
 
Ouve-me, voz que não responde!
Ouve-me, espaço vazio que me deixa inquieta!
Ouve-me mente sábia que tudo faz, tudo cria, tudo faz desaparecer.
Não deixes aquele homem Desistir, porque o mundo precisa dele, assim como eu preciso de TI!

Mensagem de Natal



MusicPlaylist
Music Playlist at MixPod.com


 

Não me dês presentes, lembra-te de mim. Traz alegria, traz chocolates, senta-te comigo à lareira. Traz vinho do Porto e canta, canta até que a voz de doa.
Sai de casa, arranca-me da cama. Traz fitas de Natal e bolas do teu pinheiro. E vamos coloca-los, uma em cada carro que encontrarmos na rua.
Corre e salta ...
- O natal é das crianças!
Despois pára. Pensa. Onde é que ele está?!
Procura-o sempre num beijo apaixonado. Precisas de mais? Não…
 
Vamos tocar na campainha mais próxima e brindar à época mais abençoada de todas, onde a família é grande, por menos numerosa que seja.
Esse pedaço deu-te mais alegrias e fez-te sentir tudo o que És, hoje.
Junta tudo e todos num espaço e esquece que esse dia, é só de 1, 2 ou 3 ou 4 numa mesa. Natal é de quantas pessoas tu desejares.
 
Diz o que te vai na cabeça, não porque é lindo, ou feio, ou necessário ou até estúpido.
Diz porque és tu! Porque o que dizes e sentes, importa. Diz porque o Natal também te pertence e tens o direito e de expressares como bem entenderes!
E se alguém te virar as costas por falares, pela dor que causas, talvez não devesse estar contigo. Ou talvez fosses simplesmente injusto, e o outro lado não sabe ou nunca soube… Expressar-se.
 
E pede desculpa se não queres que essa pessoa,  vá. Se for embora, nunca te pertenceu. Diz-lhe adeus e deixa-a ir devagarinho para que doa menos.
O melhor presente para ti? Saber viver sem ela/ele.
 
Sorri ao inimigo, será o seu maior castigo. Diz-lhe que não querias que tudo se perdesse em ódio e desprezo. Que lamentas tudo os sentimentos que nutres por ela/ele.
Diz-lhe que não é passado. Que a desilusão está presente cada vez que o olhas.
Quer vá, ou fique... Tu já lá estás. Onde sempre estives-te.
Perto das estrelas, ao sabor do coração. E talvez seja demasiado longe para ele te encontrar.
 
No fim da noite, e sim, como todas as outras. Amarra-o bem, troca todos os beijos que desejas. Sabes que te vai cair uma lágrima. Não pelo tempo, nem  pelos presentes, nem sequer pelo jantar, ou até pelo divertimento, nem tão pouco pelos copos a mais...  Não foi isso que fez dessa noite, uma noite especial. Essa noite apenas é especial porque a repartes com quem mais amas.
 
O melhor Natal? Perdida em teus braços…
 
 
Eu, Catarina Portela, autora de todos os textos aqui presentes. Desejo a todos os meus visitantes, amigos e pessoas que passam aqui sem ler :P .... Um Feliz Natal.
Que o Pai Natal vos traga a saúde, a boa disposição e o resto, vocês encontram. Beijinhos!!!!

Volta quando...

 

 
- Desculpa.
Amarrando-me a mão, parei para o olhar, uma última vez…
- Não te quis magoar! – disse ele.
- Não querias? Sabes quanto me desiludis-te?! Sabes quantas vezes eu recuei, para que voltássemos ao normal? Tens consciência que nada sobrevive desta forma?!
És inconstante, irreal. Tanto acho que te tenho ao meu lado, como logo de seguida, fazes de tudo para que eu pense não somos nada. Vai…
 
De lágrimas internas disse-te adeus, novamente.
Talvez se eu te  abandonasse num beco qualquer, enquanto ainda havia esperança... Talvez sentisses a minha falta, e nesse dia, talvez me desses valor!
Porque de ti não aceito esta atitude, não aceito ser mais uma flor do jardim que podes mostrar. A beleza, seja ela de que natureza for, não deve ser apontada. Deve ser descoberta…
 Não assim!
 
Deixa-me esquecer que te ouvi a sussurrar, falando de mim baixinho. Deixa-me esquecer olhares que procuravam um acusado. Deixa que o tempo apague os afagos que existiram. Deixa que os teus lábios esqueçam o meu nome, e aí sim… volta.
 
Volta apenas... quando te esqueceres de mim.



MusicPlaylist
MySpace Music Playlist at MixPod.com

A vida das Divisas

 

 

Correram loucas as "ainda crianças", rastejaram no chão, comeram terra, e adormeciam de corpo magoado. Ouviam-se lágrimas por entre a noite, e desesperos em todo o dia. Onde a camaradagem lhes servia de estimulo, onde a frieza atroz lhe tirava o sorriso.
Assim mudam de rosto, os meninos do mundo que escolhem defender a pátria.
 
Mudam de atitude, moldam-se à dor. Aprendem a não sentir, a deitar fora, os sentimentos melancólicos. A vida jamais será a mesma. E eles? Eles também…
Chamam-lhe crescimento, eu ainda hoje lhe chamo decrescer.
 
O coração molda-se à vida, que lhes ensina que não podem prender-se a ninguém. Porque na guerra do mundo, não há amor que resista, mas também não há força que os coloque a combater, maior que o amor que recebem mal entram em casa.
 
Choram nos quartos que o Estado pagou, as mulheres que os escolhem e aprendem a viver com a “quase indiferença”.
Calam-se por entre gestos bruscos, e frases firmes. Perdem a noções do Ser Humano, e do sabor de viver, sem sobreviver.
Compreensível é a constante dor que os move, pois apenas são chamados a recorrer aos problemas que são de todos. Ouvem discussões, separam casais, disparam e criam a morte, esmagam a vida humana, e no fim, exaltam a profissão. A única coisa que lhes resta da vida. Umas simples divisas…
 
Muitos reparam tarde, que aquela forma de vida, é incapaz de os completar. Colocam um fim à vida, pelo tempo em que a sua vida não valeu a pena.
São homens e mulheres de força, com capacidades para aguentarem todas as pressões possíveis. Menos as suas...
 
Cresceram, escondendo a dor e as lágrimas. E morrem arrependidos com a distância, que os ensinam a não ser de ninguém.
São olhares frios, perdidos no mundo de nada, olhando problemas de todos.
 
Este são os homens e mulheres que o mundo cria, para defender a pátria.
Não compatível, com quem desejar viver o Amor em pleno.
 
Mas será que alguém o vive?!
 
 
(Texto de opinião. Existem profissões que devem ser uma prioridade de vida, mas que impedem outros de serem uma prioridade. Geram-se conflitos... muitas vezes com eles próprios...
A profissão, é mais importante para a nossa realização pessoal, do que se imagina. Tarde se percebe se a escolha foi certa, ou errada...)

Guardada no Horizonte

 

 
Havia um tempo em que o mar corria para te agarrar. Não podias fugir, não te podias defender, só te podias esconder das luzes suaves que te iluminavam, tornando-te transcendente.
Reflectidas em teus cabelos, parecia magia. Quadro eterno pintado na memória.
Permanecias quieta, durante o tempo que fosse necessário, para todos desistissem de ti. Não querias explorar locais desconhecidos, não te querias perder para sempre. Ficavas somente à espera…
 
Havia um tempo que nadavas de uma forma que parecia não ser mito. Onde a tua beleza não era eterna. Como podia algo tão belo durar para sempre?
Eras somente mortal, a aproveitar o momento de maior louvor. A tua lembrança era de tal forma marcante, que era relembrada vezes sem conta ao longo do dia, e os minutos calculados só para te ver.
 
Havia um tempo, que o teu olhar cortava como lâminas acabadas de serem afiadas, matavam mais que a guerra.
Guardadas no oceano, bem perto da linha do horizonte, as lágrimas de sangue, reflectem uma tonalidade quente, repleta de laranjas expressivos e amarelos quase ofuscantes e pequenas manchas vermelhas, tudo para te recordar.
Em tua homenagem, lenda viva da inocência.
 
Não houve mais tempo.
 
Metade de ti foi-se quando te encontraram ancorada, quase sem forças para continuar a viver.
Diz a lenda que o único homem por qual te apaixonas-te, saiu do oceano para nunca mais voltar. Sem explicação, sem um fim.
Percorres-te locais secretos onde ainda se sentia o desejo e o barulho do amor.
Percorres-te os navios submersos, e a Atlântida esquecida, onde as recordações ainda te faziam brilhar por entre olhares tristes…
 
Esperou à hora habitual, dias, meses, anos. Já ninguém admirava a tristeza. Já ninguém se aproximava da amargura. E todos desejavam tanto quanto ela, que Ele voltasse de novo para seus braços, para que a beleza etérea dela reinasse de novo nos oceanos.
 
Mas a paixão não voltou…
Foi encontrada no local habitual, pálida, sozinha.
Olhares escondidos viam-na elevar-se. Nem um se mexeu, nem um a agarrou, nem um lutou por ela. Nem um fez a diferença…
Os cabelos escuros contrariavam a tonalidade clara e transparente da luz que cada vez mais se aproximava.
 
Olharam-se os cobardes.
Calaram-se lágrimas e esperanças.
Esqueceu-se o brilho que um dia existiu.
 
Somente o horizonte recordava, dia após dia, que a tua beleza celeste que um dia existiu.
 
Tudo porque te deixaram sem um adeus…
Tudo porque ninguém te deu a mão…
Tudo porque não foste capaz de calar teu coração.

Esposende - A Cidade da Minha Vida

 Cidade Menina

 

Cidade menina quantas vezes esquecida pelos que nasceram e cresceram em berços de mar.
Qual não é o espanto, pois deixam um coração vazio, e para sempre guardam o encanto da pequena cidade à beira mar, onde se podem ver as montanhas, e refrescar em pinhal.
 
 
O suor do Homem do mar, as mãos calejadas da arte de alimentar a gente. É concelho que guarda esforços passados que são sempre lembrados pelo povo já antigo.
Ouve-se ao longe a preocupação do Forte de S. João Baptista, que não arrisca em deixar para trás a vida.
 
 
Amparo de luz e som, que chama... Traz o homem de novo de volta, deixando-o à solta.
Ilumina o caminho, pois cegos estão os homens, e precisam de comer…
 
Cidade menina, és Terra que proporciona ao povo, o tudo que pode existir, a um passo curto, a uma distância breve. Enriquece a sua gente, com tanto e tão pouco, e não mente quando fala de espaços por preencher, com tanto ainda por crescer…
 
 
É Romana a sua raiz, onde o tempo quis que deixasse para trás marcas de formas de vida, peças que se tornaram atracção para todos os que não passam cá em vão.
Banhada de terra por Viana de Castelo, Póvoa do Varzim e Barcelos, é acarinhada por ser fortaleza marítima de riquezas diversas. Onde Braga é distrito, evoluída em dimensão e organização.
 
 
Guardam em si a fonte da vida, escondida no brilho do olhar das crianças que ainda brincam em segurança, nesta que é uma pequena cidade, uma aldeia imensa coberta de afirmação, que clama por novos projectos e é certo que esta menina está madura e preparada para inovação e criação de uma nova alvorada.
 
Que neste dia, Portugal se lembre de Esposende
 
 
 
Esta é uma iniciativa presente no blog www.aldeiadaminhavida.blogspot.com, que achei excelente. 
 

Esconder de ti

 

Seres crentes de uma verdade inexistente, insistentemente tentam alertar o povo para um limite, que não deve ser ultrapassado por ninguém.
Constroem barreiras inatingíveis aos comuns mortais, e outros deuses que tais, alegando um espaço único onde escondem mistérios, desde as maravilhas do inicio do mundo até ao apocalipse.
 
Devemos dar-nos a conhecer, se desejamos ser conhecidos, ou seremos um completo desconhecido para todos.
Serás lembrado apenas pela insignificância de te fechares ao mundo.
Não serás único. Serás distinto e sozinho. Triste, franzido, fechado, ancorado a um sistema de vida, de estar, de respirar, de ser, que não é o mais puro e mais intenso.
Não é essa a satisfação que procuras quando te chamam pelo nome, ou quando em silêncio te sussurram ao ouvido melodias de outro mundo, quando as memórias se elevam e trazem até ti momentos que não querias pensar, quando gritam bem alto a ligação que a qualquer momento pode despertar.
 
Presa no tempo, defendo apenas, que ainda não conheces quem deves, não sentes quem queres, não vês porque ainda ninguém te soube conquistar.
Vives esperando que sejas aceite dessa forma, mas quando o tempo se apressar e alguém se manifestar mudando de ti, sem nada pedir, sem nada esperar, vais-te adaptar, entrar em mutação, e quando te olhaes, já não te vês a ti, vês um Nós. Errónea era a inicial forma de pensar?! Evidentemente.
 
Só entende quem se entrega, não quem aperta em seu Ser, pedaços que não dá a compreender.
 
Obrigado Daniel...e já agora ao João que me relembrou que tenho talento :P


MusicPlaylist
Music Playlist at MixPod.com

Não é melhor, não é pior...

 

 

Não é o Dr. que faz de ti melhor. Não é o Sr. agente que faz de ti especial. Não é o Eng. que te torna respeitável, nem Juiz te torna mais correcto.

 

Não há, não deve, nem pode haver distinção entre os Homens.

 

Porque o Doutor faz o seu trabalho como o trolha faz o seu.

Porque o Sr. Agente completa o seu serviço como qualquer vendedor de loja.

Porque o Sr. Eng. faz tanta falta como o varredor de ruas

Porque o Sr. Juiz não tem mais valor que um desempregado

E por si só, não deve ser mais respeitado.

 

Todo o seu percurso de vida foi para manter uma posição, quando apenas deveria ser uma ocupação e a forma de sustento, tão digna de ser louvada, como qualquer outra.

De facto há alturas em que todos os esforços para a igualdade de direitos e deveres parecem inúteis, pois relembram-nos que no mundo, os direitos são de classes à parte, e os deveres de todos os que consideram inferiores.

 

É um racismo hipócrita, aquele que nos difere, e é de louvar todos os que conservam a simplicidade e a dignidade de reconhecer que todos somos necessários.

Exalto de alegria sempre que vejo humildade dos que caminham em grandes degraus, e descem esses mesmos, para que os vejas da mesma forma…

 

Cada vez é mais difícil ver o Homem a tentar o equilíbrio, porque a diferença passou a ser aclamada de necessária. O mundo não pode travar a ignorância dos Sábios, e a inteligência dos Analfabetos.

Os papéis invertem-se…

As palavras confundem-se…

As Acções não se vêem…

A maturidade perde-se…

 

Tudo se mistura na insignificância do Ser.

Pensa... Encontra-te.

 

 
Vives em Tártaro.
Tuas lágrimas preenchem rios de completa turbulência, escuros como a noite, de nuvens carregadas que encobrem estrelas reluzentes.
Já não vês, já não falas, e permaneces plácido no meio de um nada.
A bruma tenebrosa protege-te dos teus inimigos, que no silêncio passam por ti sem te ver.
E nem te deste ao trabalho de mudar… Ficas-te ali mesmo, envolvido em pensamentos carpidos que te tornam volúvel.
Tanto pedes a vida, como a morte.
 
O tempo desaparece, esperas encontrá-lo.
Os olhares amedrontados e desgostosos pedem-te força e seriedade. Comandar por entre a desgraça sempre será sinal de valentia., mas tu estás receoso.
Todos anseiam por palavras de esperança, de mudança, e tu já conheces o fim.
Queres beber de Letes. Esquecer-te da dor e da mágoa que carregas e profetisas. Esquecer o passado e renascer. Começar de novo.
 
Assim é, sempre que damos passos em caminhos desacertados, sempre que nos perdemos em estradas dúbias. Sempre que deixamos de ouvir quem nos rodeia.
Assim é sempre que nos isolamos em Nós.
Não há luz capaz de entrar, de fazer da nossa vida uma aragem de verão, com cheiro a primavera.
Não há água capaz de desaguar em pacificação, lavar desacertos, matar pesadelos, acabar com a insónia…
Quando só existe Eu, não há espaço para um amigo, um amor, um convívio autêntico, uma partilha de palavras, afectos ou simplesmente pareceres.
Não há nada, porque não há ninguém.
 
Resistência, é mais que uma qualidade, é uma opção de escolha.
Insistência, é mais que uma teimosia, é uma possibilidade.
Mas Desistir, desistir pode ser sabedoria…
É necessário Respeito, para dares liberdade de opinião, de escolha.
Podes viver em ti eternamente, e podes um dia precisares de mim.
Pode haver sempre alguém, ou pode simplesmente já não ter ninguém.
Podes meramente, deixares de sentir, e não sentires nunca mais.
 
Pensa…



Amanha

 

Queria agradecer por estares, por ficares ao pé de mim, quando tudo parecia o fim.

Queria agradecer pelos abraços que me deste, pelos conselhos, pelos avisos e pelos sorrisos.
Agradeço as gargalhadas, os apertos de mão, e todos os que entraram no meu coração.
Não me esqueci das pessoas com que falei, daquelas que vejo todos os dias, de todas as que cumprimentam e fazem do meu dia, um dia melhor.
Peço que não esqueçam o meu sorriso, o meu Bom dia, Boa tarde e Boa noite, insignificantes, mas gratificantes pela resposta.
Dia após dia, onde o relógio não pára, e as palavras fluem em aconselhamento, explicações, sugestões, opiniões, desabafos, sorrisos, lágrimas, indiferenças…
Certezas, incertezas…
 
Tudo o que mais desejamos é felicidade...
Felicidade ontem?
Felicidade foi quando a tua mãe te agarrou pela primeira vez, aquela vez que não nem sequer te lembras…
Felicidade foi sentir o abraço do pai após a sua ausência.
Felicidade era quando largavas as mãos da bicicleta e fazias quilómetros em pura liberdade.
Felicidade foi na descoberta das primeiras paixões e do primeiro amor.
Foste feliz quando descobris-te o mundo, e começas-te a sentir tristeza quando o compreendes-te.
 
E o amanha, não será diferente…
Vais somar compreensão, Subtrair certezas, multiplicar amizades, dividir problemas…
Encontrarás novas portas para abrires e fecharas muitas mais.
 
Amanha, será mais um dia, ou será menos um?
 
 
Lembrem-se....
 

 

 

 

 
Optimo 2009 para todos os que me acompanharam, amigos da blogosfera, amigos, conhecidos e todos os que deixam uma palavra em cada pedaço que deixo cá...
Vemo-nos em 2009, amanha...