A Chamada
O meu braço esticava-se no vazio. Fui-te ver partir da janela, decidido onde metia as malas no carro. Não levaste tudo para eu sofrer com os pedaços que deixaste espalhados pela casa. Era o teu perfume, que ficou marcado nos lençóis. A tua incoerência de colocar a roupa em qualquer lugar. Eram como bolachas adoravas armário que não. Era um mundo de objectos que sem ti, simplesmente não tinham valor.
A verdade é que nem sei bem como começou uma discussão, mas recordo-me como acabou. Um mar de lágrimas dispersos em camas separadas.
O telemóvel toca. Li com receio o nome do telemóvel. Eras tu. Hesitei em atender uma chamada, mas decidi falar com indiferença.
- Estou?
- Sou eu. Esqueci-me de trazer algumas coisas? Quando posso passar por aí?
- Quando quiseres, ainda não Trouxeste as chaves!
- Ok, ok. Já percebi. Então Adeus ...
A chamada findou, assim como a minha vontade de espalhar num Bofetadas vazio que Eu própria tinha construído.
Procurei uma caixa, uma maior que tinha lá em casa, e coloquei lá tudo o que era teu.
Deixei-o em cima da mesa, com uma pequena mensagem escrita.
"Volta sempre que desejares. Estarei sempre aqui."
Eram 18 horas e 47 minutos eo telemóvel voltou a mostrar o teu nome não táctil ...
Sorri ...
"Voltas-te"