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Histórias de Vida

Escrevam para catarinaportela86@gmail.com e conte sua a história da sua vida.

Histórias de Vida

Escrevam para catarinaportela86@gmail.com e conte sua a história da sua vida.

Saber Amar

 

Amar não é a ansiedade de estar.

Amar não são as flores que recebes ou ofereces.

Amar não são os beijos do adeus.

Amar não são as promessas do amanha.

 

Amar não é quando me procuras, quando corres até mim.

Amar não são os quilómetros que fazes até chegares, ou o esforço de te levantares para me ver.

Amar não são jóias, nem jantares, nem sequer os olhares que se trocam sem palavras. Amar, não é tocares-me de forma quente.

Amar, não é dizer que me amas.

 

Amar é saber esperar, são pequenos gestos de afecto, sem qualquer desejo de impressionar. É dar sem desejar receber.

Dar porque o seu coração pede, e não por ser o Dia de oferecer.

É o orgulho de permanecer.

Amar são os Beijos de Bom dia, e as conversas do dia a dia.

 

Amar é encontrares-me sem eu desaparecer, não ter que correr.

Afinal, quem ama, não vai embora, e para quê correr se estamos tão perto?!

Amar, é viver em conjunto, à frente das qualidades, atrás dos defeitos…

Amar é deixar o egoísmo.

Amar é guardar um pouco de mim, para deixar um local para maior para o Nós.

Amar, não são saudades. Saudades existem quando alguém parte. No amor há duas pessoas, nenhuma pode partir, pois o amor vai-se embora nesse instante…

Amar é sentir sempre a sua presença, mesmo que ausente.

 

Amar é seres meu sem saberes.

É eu ser tua, sem duvidar.

Amor é para todos.

Saber amar, é só para alguns.

 

Sou mais, sem ti! - História de Vida de Cristina

 

 

Olho as fotografias gastas, que se guardam naquelas gavetas que nunca se abrem. Os teus olhos são doces, carregados de uma expressão que te caracteriza e dá vida àquele momento preso.

Lembram-se os olhares quentes, as mãos firmes de certezas, os beijos cobertos de promessas. Ensejo enamorado, dolorosamente terminado.

Lembram-se as vozes de um anjo que trazia, entre penas brancas e macias, a mensagem que eu tanto ansiava. Mas aquele cupido estancou-me a dor, com uma seta envenenada. Nada do que prometia se concretizava.

 

Cai uma lágrima pelas recordações. Por todas as vezes que ficas-te no meu coração, e por todas as vezes que o destroçaste.

 

A culpa não são dos Deuses em que acreditei, a culpa não é do anjo falso, nem das palavras meigas que me amenizavam a dor.

A culpa é minha, por acreditar que o céu era meu, sem nunca me teres levado até ele.

A culpa é minha, por te deixar livre em meu coração, por deixar alastrar metástases perigosas e letais, até que a minha mente já não pensava, já não sorria… Apenas sofria…

A culpa é minha, porque me dou, sem receber!

Porque amo, sem ser amada!

Porque quero, sem ser verdadeiramente desejada!

 

Hoje sei, que tudo o que foste, já não És.

Tudo o que éramos, já não existe.

Tudo o que resta, são memórias.

Estas memórias existem, para que eu de lembre de pessoas como tu!

 

Pessoas que não existem para nos fazer feliz, para nos amar, para nos fazer sorrir.

Existem só para falar de nós baixinho, apontar no meio da rua, e rir de nós quando não nos podemos defender.

Existem para pensar pela cabeça de outros, sem ter vontade própria.

Existem para nos tornar mais fortes, mais conscientes, e mais mulheres.

 

Existem pessoas como tu, para que eu me lembre, que sou mais!!!

Sou muito mais, sem ti!

 

Catarina Portela

 

Este texto foi baseado na História de Vida de Cristina.

 


 

 

Cristina é uma Jovem, cansada de um rapaz que nunca mais se decide. Tanto a ama, como a deixa sem explicãção. Vem quando lhe apetece, quando se sente só, quando não sofre influências...
Quantos rapazes, homens, e menos homens, não existem com estas caracteristicas?
Mais do que se pensa... Bem mais!

Perfeitamente Incompleto

 

 

Pede-me para eu ficar, para que eu possa partir.

Pede-me para ser feliz, e eu sentirei o mundo cair a meus pés.

Pede-me para eu ser igual, e eu serei eternamente diferente.

 

A perfeição do que fazes contrasta com tudo o que te posso oferecer. Não preciso que me aconselhes, que me corrijas ou que apagues com a borracha, tudo o que eu refiz a lápis de carvão.

Não, não quero aquela caneta de tinta permanente, que me obriga a aceitar o que se fez inicialmente, que tantas vezes são traços sem pensamento.

Não, não quero o corrector que deixa marcas, nem as pegadas do passado espelhadas no céu.

Quero a confusão a que tenho direito! Quero a assimetria que nos torna únicos, e a musica que ninguém ouve.

Quero que me tragas o que não sou capaz de construir, mesmo que não mudes nada em mim. Quero-te tão-somente, assim…

 

Quero-te pedaço de cristal, perfeito, intocável, e transparente, mesmo que frio. Quero ouvir essa palavra que não te cansas de repetir, e os convites que deixas no ar, mesmo sabendo que não haverá coragem para os concretizar.

Quero-te assim, longe, mas constantemente perto. Perfeito, mas imperfeitamente meu. Quero esse pensamento dúbio, essa vontade que não se concretiza.

Quero, pois a mancha do inacabado, é completa dessa forma.

Não será preciso mais, apesar de sentirmos que sim.

Não haverá rancor, ódio, paixão, desejo. Haverá um de nós atrás de uma porta, presente apesar de omitido.

Não é um segredo, pois toda a gente vê, não é injusto pois toda a gente sente, não é incorrecto, pois nada é feito, nada cresce, nada amadurece. Tudo permanece como sempre foi.

 

Perfeitamente incompleto.

 

Não!

Não fiques triste, por eu ser feliz assim…