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Histórias de Vida

Escrevam para catarinaportela86@gmail.com e conte sua a história da sua vida.

Histórias de Vida

Escrevam para catarinaportela86@gmail.com e conte sua a história da sua vida.

Saber Lutar... agora em video

 

 

Queria ir, e não fui. Queria que pegasses em mim, e deixei-te ir. Queria que te tornasses meigo, e foste distante. Pedi-te, entre lágrimas, uma saída, e permaneces-te num mundo teu, falando de soluções possíveis como se estivesses do outro lado do oceano.
 
Entende que não fico se sinto que não queres que fique, soltei-me de ti.
Pediste entre olhar que te mostrasse frieza, e te abandonasse para que não tivéssemos que lutar.
 
Pedis-te, quando sussurraste baixinho, que te deixasse voar. E mesmo sabendo que serás feliz com qualquer pessoa que te dê brilho no olhar, fico triste por saber que nem todas, sabem despertar o auge das qualidades que se escondem em palavras que não dizes.
 
Porque enquanto pensavas, hesitavas. Enquanto não falavas, desistias.
Enquanto tentavas perceber o que Eu era, não descobrias o que eras para mim.
Só sabias o que querias, como querias, onde querias.
Querias Tu, era saber com quem…
 
 
Nem todos somos guerreiros, nem todos estamos dispostos combater, a caminhar no mesmo caminho… Porque haveria eu de te dar a mão, se tu não entregavas o coração?
Felicidade implica combate, quem se esconde à espera que a guerra acabe perde o brilho e as noções da guerra.
 
A luta maior é sempre a que travas contra ti próprio, desistir, destroi pedaços nossos, que nos envolve de forma marcante fazendo de nós menos do que eramos, e mais , devido à aprendizagem que se edifica com a dor e com a solidão.
 
Há quem nunca lute, há quem lute mais tarde, e há quem lute, tarde demais.
Catarina Portela

Espera por mim, agora em video

 
 
 
(clique mais que 1 vez, por vezes o video nao funciona à primeira ;)  )
 
(texto protegido com licença creative commons - Divulgue sempre o autor!)
Espera por mim...

 

 
Quando não desejamos o adeus. Quando o “cedo demais” toca à porta sem ser desejado. Quando a vida termina antes de ter começado. Que fazer?
Amarrar-lhe a mão, sem o deixar ir? Comprar flores, sem que ele as possa cheirar?
Vestir de preto para demonstrar uma tristeza que a mente sente? E depois?
Vamos voltar a vê-lo sorrir? Vamos recuperar discussões sem necessidade, ou recuperar olhares que falavam por si só? Não, não vamos…
No entanto, tudo é pouco para mostrar que foste, e que nós ficamos aqui… sem ti.
 
Um vulto negro paira sobre um espaço salgado de dor. São gritos, abraços, e sentimentos de acolhimento que tentavam amenizar um sofrimento sem fim…
Esta mágoa de deixar o que amamos, está para além da compreensão de alguém que nunca perdeu ninguém.
 
Bom seria guarda-lo numa caixinha, ainda em vida, e protege-lo com toda a força, enquanto ainda havia tempo.
Bom seria, aconselha-lo, acompanhá-lo, para todo e qualquer lado, recuperar um tempo que foi roubado.
Agora... Agora doem momentos que não foram partilhados, momentos que faltaram ser vividos. Não há tempo, nem sequer pessoas que o possam substituir. O vazio ficará sempre ali, sem ser preenchido.
 
A vida muda a partir do momento em que sabes que é efémera e frágil. O mundo fica gélido, desinteressante, banal, durante muito tempo… Tempo demais…
Um segredo? Agarrar na mágoa da injustiça, prende-la ao pedaço de madeira que o leva, e enterra-la ali mesmo.
Ali, naquele momento, onde as lágrimas são poucas para demonstrar a dor que se sente… Ali mesmo onde a vontade é morar naquela terra que o leva…
Ali mesmo nasce alguém! (Jamais serás o mesmo… Jamais!)
 
O tempo roubou-te de nós. Não porque merecesses, não porque ele merecia, não porque algo está errado. Porque de errado, apenas existe “o fim”.
 
Espera por mim, nesse lugar…

Esperei-te, no Horizonte.

 

Proclamo a minha razão de declamar o teu nome sem te pedir permissão. Anda, caminha até mim! Depressa, antes que o vento te leve. Depressa antes que a chuva te molhe. Depressa antes que o véu caía e eu só veja em ti, o mesmo que em todos os demais.

Agarra-me enquanto sonho. Eleva-me enquanto posso. Prende-me lá no alto e deixa-me corromper em fantasias.

Não tires a mascara.

Não mostres o rosto. …

 

Ainda não foste embora? Porque ficas?

Vejo-te despido de preconceitos, de etiquetas e manias. Vejo-te a sorrir, ouvi-te a chorar, abracei-te e ali ficamos, a contemplar o que somos.

Em silêncio descubro olhares que me fazem suspirar durante o dia, e que me inquietam durante a noite. Em silêncio te aproximas.  Em silêncio dizes que vais.

Não pergunto se voltas…

Só vais voltar se o desejares. E o vazio das palavras disse-me que ainda deixas-te muito por dizer.

Eu espero.

Onde?

Perto do céu. Sentada na linha do horizonte, a ver-te chegar de barco. Fazes cócegas quando remas em meu sentido. E ficam cada vez mais intensas. Chegas quando o sol se foi. Quando as estrelas não dizem nada, e a lua nos escuta.

É calado que te vou conhecendo. Todo o resto do que és, é apenas complemento da vida, por isso te ouço, quando mais ninguém fala, quando mais ninguém está.

É nessa hora que és meu sem ninguém. É nesse momento que és mais do que desejei.

Os Deuses perguntam: -Quem os Uniu?

Esconde-se o Destino, debaixo da palavra que tudo disse, e do olhar que me agarrou para sempre.

Olhou-me ao longe, sorriu levemente como quem se despede com um "até breve".

Nos seus lábios consegui ler...

"Não encontras melhor"

 

 Em verdade consenti, "o melhor" não é o que o mundo escolhe por mim, ou Deus, ou o Destino. 

O Melhor, só eu posso escolher.